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sábado, 26 de junho de 2010

A Víbora-Cornuda



Esta espécie pode ser encontrada na Península Ibérica e no Noroeste do continente africano, junto ao Mediterrâneo.
Em Portugal pode ser encontrada em praticamente todo o território, mas habita, de preferência, nas terras mais altas ou nas serras. É a cobra mais venenosa em Portugal, das duas venenosas que existem.
É um animal difícil de encontrar, a não ser por mero acaso, pelo que, quando isso acontece, o avistamento é muito próximo, o que torna a situação pouco agradável. Não pelo seu tamanho, que é de cerca de 70 cm, o que as ajuda na camuflagem, mas sobretudo por ser venenosa.  
A sua cabeça, como acontece com as restantes víboras, tem uma forma triangular característica. A sua cor é cinzenta azulada, e possui no dorso uma mancha mais escura, em zig-zag, ao longo de todo o corpo.
Os livros científicos sobre répteis e anfíbios são claros: as víboras-cornudas não atacam por iniciativa própria e só o fazem se se sentirem ameaçadas.
Porém, o facto de não terem um veneno letal não significa que estas serpentes não sejam perigosas. As mazelas da mordedura de uma víbora-cornuda podem ficar para toda a vida e não há qualquer antídoto para o veneno destes animais. Além disso, os idosos e as crianças podem mesmo sucumbir a um ataque, por não resistirem aos efeitos do veneno no metabolismo.
No entanto, se os ataques das víboras-cornudas não são mortais para os humanos, o inverso não acontece. Uma das principais ameaças que estas espécies enfrentam é a constante perseguição por parte do Homem. As são sempre vistas como um animal ameaçador e por isso, assim que são detectadas passam a estar em perigo.
Outro flagelo que esta espécie enfrenta é a destruição de habitats, por sinal, também provocada pelo Homem. Por outro lado, o facto de, em Portugal, as espécies estarem muito fragmentadas geograficamente não facilita a sua sobrevivência.
O Parque Natural de Montesinho ou a serra da Estrela são locais onde o encontro imediato com estas serpentes pode acontecer. O truque é não fazer movimentos bruscos e acima de tudo não tentar a aproximação, pois a víbora retrai-se e foge.
Apesar de serem um alvo a abater por parte dos humanos, as víboras-cornudas têm um papel importante no ecossistema português, pois ajudam a controlar as populações de roedores e permitem a existência de determinados tipos de águias. Porém, o único reconhecimento da população a estes animais deu-se numa aldeia transmontana que, ainda hoje tem o nome de "Campo de Víboras".
Se encontrar alguma, não se aproxime, ela vai tentar fugir rapidamente. No entanto, se for mordido por uma destas cobras, não corra e tente ficar calmo, para evitar que o veneno se espalhe e procure imediatamente um hospital, principalmente se a vítima for uma criança, um idoso ou alguém com doenças crónicas. Os sintomas mais frequentes provocados pelo veneno desta espécie são dores agudas e inchaço forte. Ao chegar ao hospital, tente descrever a cobra, para o médico poder fazer o tratamento necessário com antídotos, de forma a que a vida da vítima não seja posta em perigo, nem fiquem lesões graves para o resto da vida.
Em Portugal, existe ainda a ideia que não existem cobras venenosas no nosso país. Nada mais errado, o que não existe são cobras com venenos muito tóxicos, o que é significativamente diferente.
Importante mesmo é que esta espécie faz parte da fauna portuguesa e a sua existência é muito importante no combate aos pequenos roedores.



Bibliografia:





As Cobras existentes em Portugal

A Partir deste sábado, todas as semanas, haverá um artigo novo sobre uma espécie de cobras existente em Portugal (isto inclui as víboras).

sábado, 12 de junho de 2010

A Medição

Evolução histórica da Medição


As primeiras medições tiveram como base a comparação directa de dois objectos. Mas como nem sempre era possível utilizar este método, os primitivos Egípcios, os Gregos e os Romanos serviram-se de partes do seu corpo como unidades de medida.
Os Gregos utilizavam o como unidade de medida. Os Romanos, alem do pé, utilizavam o passo. Um milhar de passos duplos dados por um soldado romano representava uma milha (1460 metros).
As medições baseadas na comparação com partes do corpo são pouco seguras e de valores variáveis. Para ultrapassar este problema e responder às necessidades crescentes de um maior rigor na medição, foi criado em França, com a Revolução Francesa, em 1791, o sistema métrico. Este sistema tem como unidade fundamental o metro. O primeiro metro-padrão e uma barra de platina que esta guardada no museu de Sèvres próximo de Paris.
Actualmente, o metro é definido como o espaço percorrido pela luz no vazio num tempo de 1/299792458 do segundo.
O sistema métrico é um sistema simples e lógico e por isso mesmo usado universalmente.

Definição de medição

     A medição é o processo de obtenção da quantidade de uma grandeza, como o comprimento, ou de massa, em relação a uma unidade de medida, como um metro ou um quilo.



Instrumentos que se utilizam




Fita métrica - instrumento de medida usada para medir distâncias. Pode designar uma fita flexível e graduada que se utiliza para medir tecidos, ou determinados tipos de fitas métricas retácteis que consistem numa fita de metal, plástico ou fibra de vidro enrolada num invólucro.

Balança - instrumento que mede a massa de um corpo. A unidade para massa é o kg. Assim o correcto é dizer que as balanças medem as massas dos corpos e objectos e não o seu peso.
Relógio - instrumento mecânico que mede intervalos de tempo e pode ter as mais diversas formas, sendo, geralmente, provido de mostrador, ponteiros e rodas dentadas movidas por pêndulos, molas, pilhas, etc.
Amperímetro - instrumento utilizado para medir a intensidade no fluxo da corrente eléctrica que passa através da sessão transversal de um condutor. A unidade usada é o ampere.
Termómetro - aparelho usado para medir a temperatura ou as variações de temperatura.
Sonómetro - aparelho usado para medir frequências sonoras.


Unidades de Medida


Instrumento de Medição
Grandeza
Símbolo
Régua / Fita Métrica
Comprimento
m
Balança
Massa
kg
Relógio
Tempo
s
Amperímetro
Intensidade da corrente eléctrica
A
Termómetro
Temperatura
k
Sonómetro
Som
dB

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Medidas que podem ser tomadas para reduzir o Aquecimento Global

1.       Substituir as lâmpadas incandescentes regulares por uma lâmpada fluorescente compacta – As lâmpadas fluorescentes compactas usam 60% menos energia que as lâmpadas normais. Esta simples mudança vai economizar cerca de 300 quilos de dióxido de carbono por ano;
2.       Instalar um termóstato programável - Termóstatos programáveis vão automaticamente diminuir o calor ou o ar condicionado durante a noite e aumentá-lo novamente de manhã;
3.       Descer 2 graus no termóstato no Inverno e subir 2 graus no Verão - Quase metade da energia que se usa nas casas vai para aquecimento e refrigeração. Pode-se economizar cerca de 2.000 quilos de dióxido de carbono por ano com esta simples adaptação;
4.       Limpar ou substituir filtros nos fornos e ar condicionados;
5.       Escolher electrodomésticos de energia eficiente ao fazer novas aquisições;
6.       Não deixar os aparelhos em modo de espera - Usar o botão "on / off" em função da própria máquina. Um aparelho de TV que é ligado 3 horas por dia e fica em modo de espera durante as restantes 21 horas usa cerca de 40% da sua energia em modo de espera;
7.       Embrulhar o aquecedor de água numa manta de isolamento;
8.       Mover o frigorífico e congelador - Colocando-os perto do fogão ou caldeira consomem muito mais energia do que se estivessem em pé por conta própria. Por exemplo, se forem colocados numa cave quente onde a temperatura ambiente seja de 30-35 º C, o consumo de energia é quase o dobro e provoca um extra de 160 kg de emissões de CO2 por ano nos frigoríficos e 320 kg nos congeladores;
9.       Descongelar frigoríficos e congeladores antigos regularmente - Ainda melhor é substituí-los por modelos mais novos, que têm ciclos de descongelação automática e geralmente são até duas vezes mais eficientes em termos energéticos do que os seus antecessores;
10.   Não deixar escapar o calor de casa por um longo período - Ao ventilar a casa, deve abrir-se as janelas por apenas alguns minutos. Se se deixar uma pequena abertura durante todo o dia, a energia necessária para manter a casa quente por dentro durante seis meses frios (10 º C ou uma temperatura exterior menor) resultaria em cerca de 1 tonelada de emissões de CO2;
11.   Substituir as janelas de vidro único com vidros duplos;
12.   Obter uma auditoria energética em casa - Muitos utilitários oferecem auditorias energéticas grátis em casa para descobrir onde é que a casa está mal isolada. Pode-se economizar até 30% de desconto na conta de energia e 1.000 quilos de dióxido de carbono por ano;
13.   Cobrir as panelas enquanto se cozinha - Fazer isso pode salvar uma grande quantidade de energia necessária para a preparação do prato. Ainda melhor são as panelas de pressão e vapor: podem poupar cerca de 70%;
14.  Usar a máquina de lavar roupa ou louça apenas quando estiverem cheias - Se for preciso usá-lo quando ele está meio cheio, então deve usar-se a metade da carga ou a configuração económica. Também não há necessidade de definir as altas temperaturas. Hoje em dia os detergentes são tão eficientes que lavam as roupas e os pratos limpos a baixas temperaturas;
15.   Tome um duche em vez de um banho - Um duche gasta até quatro vezes menos energia do que um banho. Para maximizar a poupança de energia, devem evitar-se chuveiros potentes e utilizar-se chuveiros de baixo fluxo, que são baratos e proporcionam o mesmo conforto;
16.   Usar menos água quente - É preciso muita energia para aquecer a água. Pode-se usar menos água quente instalando um chuveiro de baixo fluxo (350 kg de dióxido de carbono por ano) e lavando-se a roupa em água fria ou morna em vez de quente;
17.   Usar o varal em vez de um secador, sempre que possível;
18.   Isolar a casa;
19.   Reciclar em casa;
20.   Reciclar o lixo orgânico - Cerca de 3% das emissões de gases com efeito de estufa através do metano é libertado pela decomposição dos resíduos biodegradáveis;
21.   Comprar de forma inteligente - Uma garrafa de 1,5l requer menos energia e produz menos lixo que três garrafas de 0.5l. Também optar por comprar produtos de papel reciclado;
22.   Escolher produtos com pouca embalagem e comprar recargas quando se pode;
23.   Reutilizar o saco de compras;
24.   Reduzir o lixo;
25.   Plantar uma árvore - Uma única árvore absorve uma tonelada de dióxido de carbono ao longo da sua vida. A sombra proporcionada pelas árvores também pode reduzir a conta de ar condicionado em 10 a 15%;
26.   Comprar alimentos cultivados e produzidos localmente - Comprar localmente irá economizar combustível e manter o dinheiro na sua comunidade;
27.   Comprar alimentos frescos em vez de congelados - Alimentos congelados usam dez vezes mais energia para serem produzidos;
28.   Comer menos carne - O metano é o segundo gás de efeito de estufa mais significativo e as vacas são um dos maiores emissores de metano;
29.   Reduzir o número de milhas que se conduz optando por ir a pé, de bicicleta, ou de transporte colectivo, sempre que possível;
30.   Conduzir com cuidado e não desperdiçar combustível;
31.   Verificar os pneus semanalmente para garantir que eles estejam devidamente cheios;
32.   Quando se vai comprar um novo carro, escolher um mais eficiente consumo de combustível;
33.   Tentar partilhar carros;
34.   Voar menos - As viagens aéreas produzem grandes quantidades de emissões de CO2;
35.   Incentivar a mudança para energias renováveis;
36.   Proteger e conservar as florestas em todo o mundo;
      
Para ir ao site original clique aqui (nota: o site original encontra-se em inglês, mas contêm algumas medidas emitidas nesta publicação).

A Regeneração em Portugal

A Regeneração iniciou um longo período de estabilidade política, pois durante mais de meio século, estabeleceu-se uma alternância de dois partidos no poder, através de eleições.
O objectivo da Regeneração era recuperar o atraso de Portugal em relação à Europa industrializada. O seu programa considerava que, para desenvolver a indústria, era preciso criar primeiro condições para a circulação de mercadorias, como estradas e caminhos-de-ferro. Esta política recebeu o nome de fontismo.
Fontes Pereira de Melo (Fig.), o principal dinamizador do fontismo, impulsionou o lançamento e a expansão da rede de vias-férreas. A sua construção era entregue a companhias privadas, formadas com capitais estrangeiros. Em 1856, inaugurou-se o primeiro troço, de Lisboa ao Carregado, e, em 1890, a rede ferroviária atingia já 2000 km de extensão. Entretanto, construíram-se também numerosas pontes e estradas.
Estas medidas aumentaram a circulação de pessoas e de mercadorias, quebrando-se um pouco o isolamento das regiões do interior. Também se melhoraram os meios de comunicação, com a criação dos selos postais e a introdução do telégrafo e do telefone.
Esta política criou a dependência económica face ao estrangeiro. A fim de pagar as obras públicas, os governos contraíram empréstimos em casas bancárias europeias. Essa dívida externa foi-se acumulando e, para a pagar, era preciso recorrer a novos empréstimos.
O mercado interno crescia lentamente e, apesar de Fontes ter criado o ensino técnico, a mão-de-obra qualificada escasseava ainda.
Na década de 70, a produção industrial arrancou de forma continuada. A indústria algodoeira, os lanifícios e a moagem desenvolveram-se, enquanto surgiam a metalomecânica e os adubos. A máquina a vapor difundiu-se. Em Lisboa e no Porto nasciam grandes concentrações fabris.

O Início da Revolução Francesa - A Tomada da Bastilha

Este trabalho é sobre a Revolução Francesa. Apesar das ideias iluministas terem surgido em França ainda não tinham sido postas em prática. Antes da Revolução, ainda se vivia segundo o Antigo Regime: o rei tinha o poder absoluto; o clero e a nobreza, que constituíam 2% da população total, não pagavam impostos, mas recebiam-nos; possuíam 40% das propriedades agrícolas; ocupavam importantes cargos públicos, principalmente junto do rei, logo recebiam tenças; não trabalhavam, ocupando o tempo, no caso da nobreza, a caçar; e não recebiam castigos físicos, quando cometiam algum crime. Quando eram presos, podiam ter todas as condições, incluindo levar o criado para a cela para cozinhar e preparar a comida.
O Terceiro Estado, que constituía 98% da população, não tinha nenhum destes privilégios: pagavam impostos ao rei e aos senhorios e a dízima ao clero; tinham pequenas propriedades, para cultivar os cereais e outros alimentos, mas quase tudo era levado pelos impostos ou pelos maus anos agrícolas, ficando o camponês exausto e a passar fome. Os artesãos e os operários sofriam pela falta de emprego, pelos baixos salários, e pela subida dos preços. A burguesia não tinha acesso a cargos da nobreza ou do clero. Além disto, houve uma subida no preço dos cereais devido aos maus anos agrícolas. Assim, o Terceiro Estado estava revoltado, e apoiava as ideias iluministas.
O Estado francês estava falido, por isso, o rei Luís XVI propôs que o clero e a nobreza também pagassem impostos, mas como estes recusavam, foram convocados os Estados Gerais. Os Estados Gerais eram uma assembleia convocada pelo rei, onde se reuniam representantes do clero, da nobreza e do Terceiro Estado para discutirem assuntos importantes. Como a nobreza e o clero não queriam que a lei fosse aprovada, exigiam que a votação fosse só de um voto por ordem. Por outro lado, o Terceiro Estado exigia que fosse um voto por representante, visto que o Terceiro Estado tinha mais representantes, de maneira a que a lei fosse aprovada.
Como não havia acordo na forma de votar, os representantes do Terceiro Estado declararam-se representantes de toda a nação. O rei acabou por ceder e ordenou os representantes do clero e da nobreza a juntarem aos do Terceiro Estado, e os Estados Gerais passaram a ser chamados de Assembleia Nacional Constituinte, pois queriam elaborar uma Constituição.
O rei, descontente, pois iria perder o seu poder absoluto, ficando apenas com o poder executivo, ameaçou acabar com a Assembleia e enviou tropas para cercarem Paris. O Terceiro Estado respondeu, organizando-se nas ruas. A burguesia tomou conta do poder municipal, criou um exército e fez barricadas.
A 14 de Julho de 1789, iniciou-se a Revolução. O povo de Paris tomou posse e demoliu a Bastilha, que era um dos maiores símbolos do poder absoluto. Noutras zonas de França, o povo atacava os castelos senhoriais.        


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Civilização da África Negra - PowerPoint

Estas imagens de PowerPoint servem de complemento ao trabalho publicado "Civilização da África Negra". Por favor, comentem: