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sábado, 31 de julho de 2010

A cobra-lisa-austríaca

A Cobra-lisa-austríaca (Coronella austriaca) mede entre 50 a 60 centímetros, é uma espécie vulnerável e, em Portugal, existe sobretudo nas regiões montanhosas do Norte e Centro.
É uma cobra pequena de corpo cilíndrico. Tem uma cabeça pequena, pouco diferenciada do corpo, com um focinho proeminente, de extremidade pontiaguda. Tem olhos pequenos com pupila redonda. A escama rostral é triangular e penetra claramente entre as internasais. Apresenta uma linha escura sobre a comissura labial, que se estende desde o orifício nasal até ao pescoço. Na região posterior da cabeça apresenta uma mancha escura em forma de U, com convexidade virada para a cauda. A coloração de fundo é castanha ou cinzenta, às vezes com tons esverdeados, sobre a qual se destaca uma série de manchas escuras de tamanho variável. Nos flancos pode também apresentar manchas escuras. O ventre é cinzento-escuro ou negro uniforme, podendo, às vezes, apresentar pequenas manchas esbranquiçadas ou amarelas de cada lado das escamas ventrais.
 Habita principalmente em zonas montanhosas, em locais frescos e húmidos. Prefere áreas de matos com rochedos e orlas de bosques, podendo, contudo, aparecer numa enorme variedade de habitats.
É uma espécie de hábitos essencialmente diurnos, embora nos períodos mais quentes se refugie nos matos, encontrando-se activa apenas ao entardecer. O seu período de hibernação está compreendido entre Outubro e Março, podendo variar consoante o clima. No Inverno, refugia-se em cavidades naturais, nomeadamente fendas de pedras e raízes de árvores e arbustos.
Apresenta dois períodos reprodutores, o primeiro logo após a hibernação,entre Março e Maio, e o segundo entre Setembro e Outubro. O período de gestação dura cerca de três meses e, uma vez que se trata de uma espécie ovovivípara, as crias (frequentemente, de três a sete) desenvolvem-se no interior da progenitora e ao nascer rompem a membrana ovular que as envolve.
Trata-se de uma espécie oportunista que pode caçar tanto à superfície como debaixo de terra. A dieta dos adultos consiste, essencialmente, em lagartixas, juvenis de sardão e de lagarto-de-água, licranços e ofícios de pequeno tamanho, entre os quais se incluem pequenas víboras e exemplares da sua própria espécie. Além disso, na sua dieta incluem-se, também, micro-mamíferos, ovos de répteis e, mais raramente, crias de aves.

Bibliografia:

sábado, 17 de julho de 2010

A Cobra-de-Ferradura


A cobra-ferradura (Coluber hippocrepis) é uma serpente da família dos colubrídeos. O seu nome é devido a uma mancha escura, em forma de ferradura, localizada na zona posterior da cabeça.
A cabeça é bem delimitada do corpo. Além da parte posterior da cabeça exibir uma mancha escura em forma de ferradura, também apresenta uma tonalidade clara, entre amarelada e esbranquiçada com uma série contínua de manchas arredondadas de cor escura. A pupila é redonda. Apresenta uma fiada de escamas (entre três e quatro) entre os olhos e as supra labiais. Comparadas com os machos, as fêmeas, em geral, têm maior número de escamas ventrais. O seu comprimento varia entre oitenta e cento e cinquenta centímetros.
É uma espécie ágil,agressiva e trepadora. Tem hábitos diurnos, passando por um período de inactividade entre Novembro e Março. Alimenta-se de roedores, osgas, sardões e aves. São presas das aves rapinas e dos sacarrabos. Quando está em perigo, enrosca-se, dilata a cabeça, emite sons e pode morder. É, no etanto, inofensiva para o homem pois é aglifa (sem dentes inoculares de veneno). É essencialmente terrestre, mas pode, no entanto, subir a árvores e arbustos. Está associada a locais secos e pedregosos e pode ser encontrada em zonas urbanas.
É uma espécie ovípara. Reproduz-se durante a Primavera e o início do Verão. As posturas são formadas por quatro a onze ovos e têm lugar frequentemebte em Julho. As fêmeas depositam os ovos debaixo de troncos em decomposição e em tocas abandonadas. A incubação demora entre seis a oito semanas.

Bibliografia:

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Víbora-de-Seoane

A Víbora de Seoane (Vipera seoanei) é uma espécie de cobra da família Viperidae.

Espécie endémica do norte da Península Ibérica, restringe-se em Portugal às serras de Castro Laboreiro, Soajo e Tourém. Atinge 50–60 cm. Essencialmente diurna, pode ser nocturna nos meses quentes. O seu veneno pode causar edema, eritema, taquicardia, hipotensão, vómitos e convulsões, efeitos semelhantes aos da víbora-cornuda. Alimenta-se de micro-mamíferos, lagartos, anfíbios e aves.

Bibliografia:

sábado, 3 de julho de 2010

Atraso na Publicação

Por motivos pessoais só poderei publicar o segundo texto das cobras portuguesas amanhã.