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sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Início da Revolução Francesa - A Tomada da Bastilha

Este trabalho é sobre a Revolução Francesa. Apesar das ideias iluministas terem surgido em França ainda não tinham sido postas em prática. Antes da Revolução, ainda se vivia segundo o Antigo Regime: o rei tinha o poder absoluto; o clero e a nobreza, que constituíam 2% da população total, não pagavam impostos, mas recebiam-nos; possuíam 40% das propriedades agrícolas; ocupavam importantes cargos públicos, principalmente junto do rei, logo recebiam tenças; não trabalhavam, ocupando o tempo, no caso da nobreza, a caçar; e não recebiam castigos físicos, quando cometiam algum crime. Quando eram presos, podiam ter todas as condições, incluindo levar o criado para a cela para cozinhar e preparar a comida.
O Terceiro Estado, que constituía 98% da população, não tinha nenhum destes privilégios: pagavam impostos ao rei e aos senhorios e a dízima ao clero; tinham pequenas propriedades, para cultivar os cereais e outros alimentos, mas quase tudo era levado pelos impostos ou pelos maus anos agrícolas, ficando o camponês exausto e a passar fome. Os artesãos e os operários sofriam pela falta de emprego, pelos baixos salários, e pela subida dos preços. A burguesia não tinha acesso a cargos da nobreza ou do clero. Além disto, houve uma subida no preço dos cereais devido aos maus anos agrícolas. Assim, o Terceiro Estado estava revoltado, e apoiava as ideias iluministas.
O Estado francês estava falido, por isso, o rei Luís XVI propôs que o clero e a nobreza também pagassem impostos, mas como estes recusavam, foram convocados os Estados Gerais. Os Estados Gerais eram uma assembleia convocada pelo rei, onde se reuniam representantes do clero, da nobreza e do Terceiro Estado para discutirem assuntos importantes. Como a nobreza e o clero não queriam que a lei fosse aprovada, exigiam que a votação fosse só de um voto por ordem. Por outro lado, o Terceiro Estado exigia que fosse um voto por representante, visto que o Terceiro Estado tinha mais representantes, de maneira a que a lei fosse aprovada.
Como não havia acordo na forma de votar, os representantes do Terceiro Estado declararam-se representantes de toda a nação. O rei acabou por ceder e ordenou os representantes do clero e da nobreza a juntarem aos do Terceiro Estado, e os Estados Gerais passaram a ser chamados de Assembleia Nacional Constituinte, pois queriam elaborar uma Constituição.
O rei, descontente, pois iria perder o seu poder absoluto, ficando apenas com o poder executivo, ameaçou acabar com a Assembleia e enviou tropas para cercarem Paris. O Terceiro Estado respondeu, organizando-se nas ruas. A burguesia tomou conta do poder municipal, criou um exército e fez barricadas.
A 14 de Julho de 1789, iniciou-se a Revolução. O povo de Paris tomou posse e demoliu a Bastilha, que era um dos maiores símbolos do poder absoluto. Noutras zonas de França, o povo atacava os castelos senhoriais.        


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