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sexta-feira, 11 de junho de 2010

A Regeneração em Portugal

A Regeneração iniciou um longo período de estabilidade política, pois durante mais de meio século, estabeleceu-se uma alternância de dois partidos no poder, através de eleições.
O objectivo da Regeneração era recuperar o atraso de Portugal em relação à Europa industrializada. O seu programa considerava que, para desenvolver a indústria, era preciso criar primeiro condições para a circulação de mercadorias, como estradas e caminhos-de-ferro. Esta política recebeu o nome de fontismo.
Fontes Pereira de Melo (Fig.), o principal dinamizador do fontismo, impulsionou o lançamento e a expansão da rede de vias-férreas. A sua construção era entregue a companhias privadas, formadas com capitais estrangeiros. Em 1856, inaugurou-se o primeiro troço, de Lisboa ao Carregado, e, em 1890, a rede ferroviária atingia já 2000 km de extensão. Entretanto, construíram-se também numerosas pontes e estradas.
Estas medidas aumentaram a circulação de pessoas e de mercadorias, quebrando-se um pouco o isolamento das regiões do interior. Também se melhoraram os meios de comunicação, com a criação dos selos postais e a introdução do telégrafo e do telefone.
Esta política criou a dependência económica face ao estrangeiro. A fim de pagar as obras públicas, os governos contraíram empréstimos em casas bancárias europeias. Essa dívida externa foi-se acumulando e, para a pagar, era preciso recorrer a novos empréstimos.
O mercado interno crescia lentamente e, apesar de Fontes ter criado o ensino técnico, a mão-de-obra qualificada escasseava ainda.
Na década de 70, a produção industrial arrancou de forma continuada. A indústria algodoeira, os lanifícios e a moagem desenvolveram-se, enquanto surgiam a metalomecânica e os adubos. A máquina a vapor difundiu-se. Em Lisboa e no Porto nasciam grandes concentrações fabris.

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