D. Sebastião, neto de D. João III, tornou-se rei ainda muito jovem. Desejoso de grandes feitos que lhe dessem glória, organizou um exército e partiu para o Norte de África, em 1578. Em Alcácer Quibir, o rei, inexperiente, deixou-se cercar pelos Mouros e, em poucas horas, o exército português foi derrotado e o rei morreu.
O rei morreu sem deixar descendentes, por isso, o trono foi ocupado pelo seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, que já tinha muita idade. D. Henrique morreu em 1580, sem conseguir escolher quem lhe sucedesse. Os pretendentes que se apresentaram para ocupar o trono de Portugal eram D. António, prior do Crato, e D. Filipe II de Espanha, netos de D. Manuel.
D. António fez-se aclamar rei em Lisboa, Setúbal, Santarém e outras cidades pelo povo. Como resposta, em finais de 1580, um exército de D. Filipe entrou em Portugal e derrotou facilmente as forças que apoiavam prior do Crato.
O rei espanhol convocou cortes em Tomar para que os diferentes grupos sociais reconhecessem o seu poder. Aí foi aclamado rei de Portugal com o nome de D. Filipe I e comprometeu-se a respeitar os interesses, os usos e os costumes do reino. Durante o reinado de D. Filipe I de Portugal, o governante não faltou aos seus compromissos. No entanto, no reinado de D. Filipe II e sobretudo no reinado de D. Filipe III, a situação alterou-se.
A Espanha estava em guerra com vários países e Portugal viu-se envolvido num conflito que não era seu. As terras portuguesas no Oriente, em África e no Brasil foram atacadas por aqueles países e os portugueses foram forçados a combater nos exércitos espanhóis.
A nobreza, descontente, começou a reunir-se em segredo, isto é, a conspirar contra os representantes de D. Filipe III. Os conspiradores conseguiram o apoio do Duque de Bragança D. João, que aceitou ser rei de Portugal se a revolta triunfasse.
No dia 1 de Dezembro de 1640, um grupo de cerca de 40 nobres atacou o palácio real restaurando a independência de Portugal. O Duque de Bragança foi, então, aclamado rei com o título de D. João IV. A notícia da revolta foi bem recebida pelo País.
O rei espanhol não pôde pegar logo em armas para controlar a Revolta de 1640. Como Portugal sabia que ele havia de voltar, D. João teve de preparar a defesa do país formando um exército, comprando ou mandando fabricar armas e construindo fortalezas.
As lutas entre os exércitos português e espanhol iniciaram-se em 1644 e tiveram lugar sobretudo junto à fronteira. Os ataques foram quase sempre iniciados pelos Espanhóis, tendo-se os Portugueses comportado como defensores. As lutas prolongaram-se para além da morte de D. João IV. Em 1668 foi assinado o tratado de paz e reconhecida a independência de Portugal por Espanha.
Sem comentários:
Enviar um comentário