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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A cobra-rateira

A cobra-de-escada (Malpolon monspessulanus) mede entre os 160 e os 230 metros, é uma espécie não ameaçada e vive acima dos 25 anos. Em Portugal está presente em todo o território.
É o maior dos ofídios ibéricos, com cabeça relativamente estreita e pontiaguda, com escamas supraoculares proeminentes. Os olhos são grandes o que emprestam a esta cobra uma expressão de certa ferocidade, a zona entre o olho e o orifício nasal é habitualmente deprimida. A coloração dorsal é bastante variada, sendo alguns exemplares praticamente uniformes, enquanto outros apresentam manchas escuras dispersas ou mesmo formando listas. A cor predominante nos adultos é o verde oliváceo, com variações que vão até ao castanho acinzentado. A região ventral apresenta uma coloração amarelada, frequentemente com manchas escuras.
Ocupa uma grande variedade de habitats, incluindo zonas de matos, áreas pedregosas abertas, bosques de carvalhos e sobreiros, estepes cerealíferas, zonas agrícolas, pinhais arenosos, ruínas e jardins.
É uma espécie eminentemente diurna, mas nos períodos mais quentes do Verão adopta uma actividade predominantemente crepuscular. Bastante ágil, trepa com facilidade às árvores para se aquecer ao sol ou para se alimentar. Excelente nadadora, pode por vezes observar-se a atravessar massas aquáticas de dimensões consideráveis, seja para fugir ou para caçar.
A época de reprodução inicia-se na Primavera. As cópulas ocorrem entre Maio e Junho, e um mês mais tarde a fêmea deposita entre 4 a 20 ovos debaixo de manta morta ou de pedras, ou em tocas de coelho ou de micromamíferos. O período de incubação dura cerca de dois meses.
A sua dieta varia com a idade. Os juvenis são inicialmente insectívoros, passando em seguida as capturar lagartixas. Posteriormente, incluem na dieta outras cobras, pequenos roedores e crias de aves. Os grandes exemplares alimentam-se também de juvenis de coelho-bravo e sardões adultos.

Bibliografia:

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